Linhas de Wellington
Fui uma das portuguesas que se dirigiu aos cinemas para ver este filme, fazendo-o entrar no top5 dos filmes mais vistos esta semana em Portugal. Preparada por Raúl Ruiz, que faleceu antes de iniciar as rodagens, a película foi realizada por Valeria Sarmiento, que trabalhou ao lado do realizador inúmeras vezes.
A nível de fotografia, vemos imagens magistrais, através da mão de André Szanwkowski. Cada plano é um retrato autêntico, com vida mas movimentando-se em câmara lenta. A caracterização é exímia, sabendo eu que existiu uma grande equipa para tornar reais fardamentos, vestes, acessórios, tudo para ser fiel à estética da época.
Mas para mim o que é melhor em Torres de Wellington é ver a comunhão entre Portugal, Espanha e França, a comunhão de equipas mas sobretudo, do mais evidente, a comunhão de actores. Qual o actor jovem português que não se sentiria honrado por trabalhar na mesma obra que John Malkovich ou Catherine Deneuve? Entre os jovens actores portugueses destaco Victória Guerra, que mostra a sua versatilidade numa personagem caricata e divertida, falando um inglês perfeito, o que poderá que este filme poder-lhe-á abrir muitas portas no cinema internacional. Também Joana de Verona impressiona, sendo para mim a protagonista da cena mais forte do filme, onde apenas a ouvimos e temos como imagem o rio.
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