White Bird in a Blizzard
A obra de Gregg Araki conta-nos a vida de uma família aparentemente típica após o desaparecimento da mãe. Ao longo da narrativa são-nos apresentados detalhes, pela voz da filha, que podem servir de peças ao puzzle. White Bird in a Blizzard fez-me lembrar Gone Girl pois foca-se no desaparecimento de mulheres, donas de casa perfeitas e no que estas deixam para trás. É também a adaptação de um livro e as suas cenas são ainda mais fantasiosas que na estética de David Fincher. Os dois filmes são de 2014 mas o mediatismo de cada um é aquilo que mais os separa pois este é realizado por Gregg Araki, que trabalha para um nicho de espectadores. Mesmo as participações de Christopher Meloni, Eva Green e Shailene Woodley não catapultaram o filme.
Especulações à parte, Woodley desempenha um papel diferente daquilo que me habituou a assistir, menos bem comportado e com mais personalidade. Green tem uma personagem difícil que não nos dá certezas em relação ao exagero com que é interpretada. Ou seja, não percebemos se as características e trejeitos se devem ao guião ou ao mau desempenho da actriz. Eu gosto da Eva Greeen mas este filme fez-me considerar se não usa a tremenda beleza que possui como íman e bengala. É Meloni quem, para mim, tem a prestação mais segura.
Em geral gostei do filme, acaba por surpreender e esteticamente é aprazível, tendo em conta o meu gosto pessoal. Fiquei curiosa por ver a restante filmografia de Araki, que me parece bem interessante e numa onda mais indie, comparativamente a White Bird in a Blizzard.
P.S. Se não gostam de spoilers não vejam o trailer.
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