Me and You and Everyone We Know
Filme de 2005 escrito, realizado e protagonizado por Miranda July, segue os contornos de uma comédia romântica dramática.
Christine tem um emprego que não preenche na totalidade as suas vocações: é motorista de idosos mas anseia por ser reconhecida como artista audiovisual. Num dos seus passeios com um dos idosos que costuma acompanhar conhece Richard (John Hawkes), um recém separado que trabalha numa sapataria. Ele acaba por lhe vender umas sabrinas que protagonizarão um importante papel ao longo da trama. Inevitavelmente Christine apaixona-se por Richard. Ela uma extravagante artista que se deixa levar pela imaginação, ele um homem perturbado pela separação e tentando provar que é um bom pai.
Mas não é só destas duas personagens que Me and You and Everyone We Know é feito, temos os filhos de Richard, Peter (Miles Thompson) e Robby (Brandon Ratcliff) que se encontram em diferentes fases de descoberta e crescimento, Heather (Natasha Slayton) e Rebecca (Najarra Townsend) duas adolescentes ansiosas para iniciarem a sua vida sexual, Sylvie (Carlie Westerman) uma menina que com tenra idade já sonha com a sua futura casa efamília, comprando objectos para o seu enxoval, uma quase despercebida curadora de arte que acaba por ser um dos pontos altos do filme.
O conteúdo sexual em redor de crianças e pré adolescentes poderia chocar, mas tudo foi tão bem trabalhado que as cenas fluem com leveza, mesmo se tratando de temáticas tão complicadas. Os diálogos são preciosos, com destaque às conversas que os filhos de Richard têm num chat com uma desconhecida, as gravações de Christine para os seus vídeos artísticos e as suas conversas algo surreais com Richard. A fotografia está exímia, abordando-se a vida de todas as personagens tal como é, sem subterfúgios, indo directamente ao encontro do que se quer e deve ser contado. Não se perde tempo em planos monótonos que nenhuma história transmitem.
Um menos para abanda sonora, que como pano de fundo não resultou tão bem como o pretendido, dando alusão a momentos de tensão quando não se justificaria.
Não consegui resistir ao excelente design gráfico dos cartazes e capas de DVD e CD, por isso, mostro-vos aqui mais alguns exemplos...
A estreia de Miranda July é magistral, mostra-nos uma beleza única e real através de um retrato de uma comunidade vizinha. O retrato da minha vida, da tua e da de todos aqueles que conhecemos.
Christine tem um emprego que não preenche na totalidade as suas vocações: é motorista de idosos mas anseia por ser reconhecida como artista audiovisual. Num dos seus passeios com um dos idosos que costuma acompanhar conhece Richard (John Hawkes), um recém separado que trabalha numa sapataria. Ele acaba por lhe vender umas sabrinas que protagonizarão um importante papel ao longo da trama. Inevitavelmente Christine apaixona-se por Richard. Ela uma extravagante artista que se deixa levar pela imaginação, ele um homem perturbado pela separação e tentando provar que é um bom pai.
Mas não é só destas duas personagens que Me and You and Everyone We Know é feito, temos os filhos de Richard, Peter (Miles Thompson) e Robby (Brandon Ratcliff) que se encontram em diferentes fases de descoberta e crescimento, Heather (Natasha Slayton) e Rebecca (Najarra Townsend) duas adolescentes ansiosas para iniciarem a sua vida sexual, Sylvie (Carlie Westerman) uma menina que com tenra idade já sonha com a sua futura casa efamília, comprando objectos para o seu enxoval, uma quase despercebida curadora de arte que acaba por ser um dos pontos altos do filme.
O conteúdo sexual em redor de crianças e pré adolescentes poderia chocar, mas tudo foi tão bem trabalhado que as cenas fluem com leveza, mesmo se tratando de temáticas tão complicadas. Os diálogos são preciosos, com destaque às conversas que os filhos de Richard têm num chat com uma desconhecida, as gravações de Christine para os seus vídeos artísticos e as suas conversas algo surreais com Richard. A fotografia está exímia, abordando-se a vida de todas as personagens tal como é, sem subterfúgios, indo directamente ao encontro do que se quer e deve ser contado. Não se perde tempo em planos monótonos que nenhuma história transmitem.
Um menos para abanda sonora, que como pano de fundo não resultou tão bem como o pretendido, dando alusão a momentos de tensão quando não se justificaria.
Não consegui resistir ao excelente design gráfico dos cartazes e capas de DVD e CD, por isso, mostro-vos aqui mais alguns exemplos...
A estreia de Miranda July é magistral, mostra-nos uma beleza única e real através de um retrato de uma comunidade vizinha. O retrato da minha vida, da tua e da de todos aqueles que conhecemos.
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